Nikolaj Kpernik, conhecido entre nós pelo nome latinizado de Copérnico nasceu em Torun, na Polónia, em 1473. Entrou para o clero e estudou, primeiro, na Universidade de Cracóvia, e mais tarde, em Bologna, na Itália. Em 1501 regressou à Polónia e tornou-se padre de Frombork, que ele mesmo descreveu como sendo "o canto mais longínquo da Terra". Teve uma carreira variada, tendo defendido o seu país nas lutas contra os cavaleiros teutónicos. Também desenvolveu actividades locais como médico e administrador. No entanto, o seu interesse estava na Astronomia.
Desde cedo verificou que a teoria geocêntrica de Ptolomeu, que colocava a Terra no centro do Universo, era complicada e pouco satisfatória. A maior parte do problema podia ser resolvida removendo a Terra da sua posição central e substituindo-a pelo Sol. Esta sua tese está descrita no livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (figura 2) relativo ao movimento orbital dos principais corpos celestes conhecidos no seu tempo. A tese poderia estar praticamente completa em 1533, mas Copérnico não a publicou por saber que a Igreja o acusaria de heresia, pois tirar a Terra do centro do Universo ia contra a doutrina oficial.
Finalmente, em 1543, já às portas da morte, concordou com a sua impressão, não se sabendo se chegou a ver a versão impressa. Muitas das ideias de Copérnico estavam erradas e a sua teoria final era quase tão complicada como a de Ptolomeu, mas tinha dado o passo essencial para que os seus sucessores pudessem construir sobre o seu trabalho
Os maiores argumentos contra o modelo de Copérnico eram de dois tipos relacionados com factos que se observavam/assumiam na época.
O primeiro prendia-se com o facto observacional, que mesmo quando um objecto era atirado ao ar na direcção do Sol, não seguia na sua direcção, da forma que seria esperada se o Sol fosse o centro atractor do "Universo". Este facto, só viria a ser explicado completamente por Isaac Newton.
O outro argumento para aceitar que o sistema era o proposto pelo modelo geocêntrico com uma esfera das fixas, era a inexistência de paralaxe estelar visível. A paralaxe pode ser explicada da seguinte forma: se esticarmos o braço segurando um lápis à vertical e olharmos alternadamente para o polegar com o olho direito e o esquerdo, vamos verificar que o polegar parece mudar de posição em relação à parede do fundo. Quanto mais afastado o lápis estiver dos olhos mais pequeno será o ângulo de paralaxe.
Se a Terra girasse em torno do Sol e as estrelas fixas não estivessem à mesma distância do Sol teria, que observar-se paralaxe quando a Terra estava de um lado e do outro do Sol (como cada um dos olhos está de um lado do nariz), o que não se verificava com os instrumentos da época (essencialmente os olhos). Hoje sabemos que os ângulos de paralaxe são demasiado pequenos (a estrela mais próxima tem uma paralaxe próxima de 1" de arco (Existem 3600" de arco em 1º)).
No entanto, o modelo de Copérnico explicava as retrogradações com uma facilidade notável sem serem necessários quaisquer artificialismos, como se verificava no modelo ptolomaico.
Desde cedo verificou que a teoria geocêntrica de Ptolomeu, que colocava a Terra no centro do Universo, era complicada e pouco satisfatória. A maior parte do problema podia ser resolvida removendo a Terra da sua posição central e substituindo-a pelo Sol. Esta sua tese está descrita no livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (figura 2) relativo ao movimento orbital dos principais corpos celestes conhecidos no seu tempo. A tese poderia estar praticamente completa em 1533, mas Copérnico não a publicou por saber que a Igreja o acusaria de heresia, pois tirar a Terra do centro do Universo ia contra a doutrina oficial.
Finalmente, em 1543, já às portas da morte, concordou com a sua impressão, não se sabendo se chegou a ver a versão impressa. Muitas das ideias de Copérnico estavam erradas e a sua teoria final era quase tão complicada como a de Ptolomeu, mas tinha dado o passo essencial para que os seus sucessores pudessem construir sobre o seu trabalho
Os maiores argumentos contra o modelo de Copérnico eram de dois tipos relacionados com factos que se observavam/assumiam na época.
O primeiro prendia-se com o facto observacional, que mesmo quando um objecto era atirado ao ar na direcção do Sol, não seguia na sua direcção, da forma que seria esperada se o Sol fosse o centro atractor do "Universo". Este facto, só viria a ser explicado completamente por Isaac Newton.
O outro argumento para aceitar que o sistema era o proposto pelo modelo geocêntrico com uma esfera das fixas, era a inexistência de paralaxe estelar visível. A paralaxe pode ser explicada da seguinte forma: se esticarmos o braço segurando um lápis à vertical e olharmos alternadamente para o polegar com o olho direito e o esquerdo, vamos verificar que o polegar parece mudar de posição em relação à parede do fundo. Quanto mais afastado o lápis estiver dos olhos mais pequeno será o ângulo de paralaxe.
Se a Terra girasse em torno do Sol e as estrelas fixas não estivessem à mesma distância do Sol teria, que observar-se paralaxe quando a Terra estava de um lado e do outro do Sol (como cada um dos olhos está de um lado do nariz), o que não se verificava com os instrumentos da época (essencialmente os olhos). Hoje sabemos que os ângulos de paralaxe são demasiado pequenos (a estrela mais próxima tem uma paralaxe próxima de 1" de arco (Existem 3600" de arco em 1º)).
No entanto, o modelo de Copérnico explicava as retrogradações com uma facilidade notável sem serem necessários quaisquer artificialismos, como se verificava no modelo ptolomaico.